16/02/2010

Gálatas e a liberdade

“Estais, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão” (Gálatas 5:11)

Uma família cheia de ímpeto que executa cuidadosamente seu plano de fuga à meia-noite e corre para a fronteira…

Um homem que do lado de fora dos muros da prisão respira ar fresco e se deixa banhar pelo sol…

Uma Jovem que ostenta todos os traços de uma droga devastadora que acabou de ser liberta…

Todas essas pessoas estão livres.

E, com uma renovada antecipação, podem agora iniciar uma vida nova.

Quer na fuga da opressão, na liberação da prisão ou na quebra de um hábito sufocante, a liberdade significa vida. Não existe maior felicidade do que saber que o passado foi esquecido e que novas opções nos aguardam. As pessoas anseiam pela liberdade.

O Livro de Gálatas  representa nosso alvará para a liberdade cristã. Nesta tão profunda carta, Paulo proclama a realidade da nossa liberdade em Cristo -  livres da lei e do poder do pecado, e para servir ao nosso Senhor, que é vivo e presente.

A maioria dos primeiros convertidos e líderes da igreja primitiva era formada por judeus cristãos, que proclamavam Jesus como seu Messias. Como judeus cristãos, lutavam contra uma dupla identidade. Sua tradição judaica os obrigava a ser rígidos seguidores da lei, mas sua recém-encontrada fé em Cristo os convidava a celebrar uma santa liberdade. Estavam curiosos para saber como os gentios (aqueles que não eram judeus) podiam fazer parte do Reino do Céu.

Essa controvérsia dividia a igreja primitiva. Os judaizantes  - uma facção de judeus extremistas dentro da igreja – ensinavam que os cristãos gentios eram obrigados a obedecer às leis e tradições judaicas, além de sua fé em Cristo. Paulo como missionário para os gentios, teve muitas vezes que enfrentar essa questão.

Portanto o livro de Gálatas foi escrito para refutar esses judaizantes e levar os crentes a viverem o evangellho puro e original. As Boas Novas são, igualmente para todos os povos – gentios e judeus. A salvação é pela graça de Deus, pela fé em Jesus Cristo, e nada mais. A fé em Cristo siginifica ter a verdadeira liberdade.

Deposi de uma breve introdução (1.1-5), Paulo dirige-se àqueles que aceitavam o evangelho deturpado dos judaizantes (1.6-9). Ele faz um resumo da controvérsia e inclui um confronto pessoal que teve com Pedro e outros líderes (1.10-2.16). Em seguida, aludindo à sua conversão, o apóstolo demonstra que a salvação só pode ser alcançada pela fé (2.17-21), apela para a própria experiência dos leitores do evangelho (3.1-5)  e mostra que o Antigo Testamento ensina sobre a graça (3.6-20). Em seguida, explica o propósito das leis de Deus e o relacionamento entre a lei, as promessas de Deus e Cristo (3.21-4.31).

Tendo colocado seus fundamentos, Paulo estabelece os argumentos da liberdade cristã. Somos salvos pela fé, e não por guardarmos a lei mosaica (5.1-12); nossa liberdade significa que somos livres para amar-nos, servir-nos mutuamente e agirmos corretamente (5.13-26); os cristãos devem ajudar-se mutuamente a desempenhar as suas responsabilidades (6.1-10) e ser bons uns aos outros (6.1-10)  Em 6.11-18, Paulo expõe seus pensamentos finais.

Ao ler a carta aos Gálatas, procure entender esse conflito do primeiro século entre a graça e a lei, ou, entre a fé e as obras, mas esteja também consciente dos exemplos e dos paralelos modernos. Como Paulo, defenda a verdade do evangelho e refute todos aqueles que pretendem aumentar, modificiar ou “torcer” essa verdade.

Você é livre em Cristo – venha para a luz e comemore!

Escrito por CPAD – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

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